Vigilante morreu atingido por árvore que caiu em temporal no Rio - RJ


RJ
G1-06/03/13: Um dos quatro mortos confirmados por conta do temporal da noite desta terça-feira (5) em vários pontos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi identificado como José Rodrigues da Silva, de 58 anos.

Vigilante, ele foi atingido por uma árvore quando trabalhava em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e morreu vítima de traumatismo craniano, de acordo com o laudo liberado pelo Instituto Médico-Legal (IML) na tarde desta quarta-feira (6).

Um sobrinho da vítima, o gerente de restaurante Adauto Rodrigues Ferreira, de 47 anos, confirmou que José foi ferido por uma árvore no pátio da empresa onde trabalhava na Estrada do Camorim. Segundo o sobrinho, José deve ter morrido entre 19h e 22h. O corpo do vigilante foi encontrado por um outro colega de trabalho que fora levar a marmita com o jantar para ele.

"Esse colega contou que chegou lá e encontrou o portão do pátio aberto, onde meu tio dava plantão das 19h às 7h. Logo, ele o viu caído de bruços, com a cabeça e as costas feridas. Ao lado da árvore tinha dois miquinhos aparentemente carbonizados. Acho que um raio atingiu a árvore", contou Adauto.

Outro sobrinho do vigilante, o garçom Ernando Rodrigues Ferreira, de 25 anos, contou que o José Rodrigues da Silva trabalhava há menos de um ano na empresa. Morador há mais de 40 anos da Rocinha, na Zona Sul, ele era muito conhecido e querido na comunidade, segundo Ermando. Era um homem de hábitos simples e que gostava de reunir a família, grande parte vinda do Ceará, para aproveitar o fim de semana.

Na véspera, o tio contou que sonhara com as duas filhas menores envolvidas num acidente. Por isso, ao sair de casa para trabalhar teria orientado as meninas ao ter cuidado ao atravessar a rua.

José Rodrigues vai ser enterrado na quinta-feira (7), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul.

Outras vítimas
Entre os outras três pessoas cujas mortes foram confirmadas, uma morreu na Baixada Fluminense, e duas no Catete, na Zona Sul. Em Belford Roxo, na Baixada, um homem morreu atingido por um muro. No Catete, uma mulher grávida, de 32 anos, morreu eletrocutada na Rua do Catete, e outra, após sofrer uma descarga elétrica no Largo do Machado.

Desaparecido
Em Cordovil, no Subúrbio, um rapaz foi levado pela correnteza de um valão que transbordou e, de acordo com o coronel Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil, as buscas foram retomadas na manhã desta quarta (6).

Foto: Jan Andreas Michahelles/ Divulgação
Leitor registrou raio próximo ao Cristo Redentor, na Zona Sul.
Foto: Jan Andreas Michahelles/ Divulgação
Durante o temporal, as ruas ficaram completamente alagadas. Na região da Tijuca, na Zona Norte da cidade, choveu 88 milímetros, o que representa 72,39% do acumulado do mês que tem média de 122,40%. O Aeroporto Santos Dumont chegou a fechar por 40 minutos e a Ponte Rio-Niterói ficou sem luz por mais de uma hora.

Na Avenida Brasil, bolsões de água impediam a passagem dos veículos e uma imensa fila se formou. Carros foram quase cobertos na Praça da Bandeira, na Zona Norte, e passageiros de um ônibus não conseguiam sair.

No estádio do Maracanã, que está em obras, a água não escoou e tomou conta do lugar onde ficava o campo. Do alto era possível ver uma enorme piscina. Em vários pontos da cidade, o trânsito deu um nó.

As três estações do metrô, na Tijuca, que fecharam após os trilhos ficarem submersos devido à forte chuva que atingiu o Rio foram reabertas à 0h30 desta quarta-feira (6).

Durante três horas, as estações Saens Peña, Afonso Pena e São Francisco Xavier tiveram o funcionamento suspenso. Segundo a concessionária, o fechamento foi por questões de segurança em razão da entrada de água nas estações.

Transtorno na volta para casa
A volta para casa foi complicada. Os ônibus não conseguiram cumprir os horários. Eram quase 23h, e um ponto, na Avenida Ayrton Senna, estava lotado. Nos ônibus que chegaram, quase não cabia mais ninguém. Foi preciso se espremer para poder ir para casa.

Na praça do metrô do Estácio, na Zona Norte, uma árvore centenária caiu. E no Catumbi,na Zona Norte, o muro de uma casa desabou. Ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, vários pontos da Avenida Borges de Medeiros alagaram. No Jardim Botânico, também na Zona Sul, um canal na Rua General Garzon transbordou. A chegada até a Praça Sibélius foi lenta.

A Rua Mário Ribeiro ficou alagada no sentido são Conrado em frente à hípica e, para complicar, o galho de uma árvore caiu e interditou metade da pista. Em São Conrado, a chuva atingiu várias ruas. Quem entrou no primeiro retorno no sentido Barra da Tijuca, não conseguiu seguir em frente.

Alba Valéria Mendonça Do G1 Rio

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