Os vigilantes acusam as empresas de não cumprirem a lei federal sancionada em dezembro, que determina o pagamento do valor adicional sobre o salário, enquanto as empresas alegam que estão aguardando a regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego, para então cumprir a lei.
Enquanto a negociação permanecia parada, na manhã de dessa quarta-feira (6/3), um novo protesto nas ruas do centro de Salvador resultou em mais transtornos para a população.
Durante toda a manhã, uma passeata engarrafou o trânsito na região do Dique do Tororó e no centro da cidade. Após o protesto, os manifestantes se reuniram na sede do sindicato, em Nazaré, onde discutiram e avaliaram os rumos da manifestação.
“Nossa movimentação vai continuar até o último instante”, declarou o diretor do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Brito. Hoje, antes da audiência, uma nova manifestação deve acontecer no centro da cidade, de onde os vigilantes partirão em direção ao TRT para conhecer a decisão da Justiça. “Se a decisão for favorável à nossa categoria, tudo bem. Caso contrário, nós iremos entrar com recurso até conseguirmos o nosso objetivo”, informou Brito.
Ele não descarta a continuidade da greve, caso a Justiça determine a ilegalidade da paralisação. “Como não é o TRT quem dá a decisão final, nós iremos recorrer até o fim em todas as instâncias”, continuou.
O julgamento do dissídio coletivo terá como relatora a desembargadora Sônia França, da Sessão de Dissídios do TRT. Um representante do Ministério Público do Trabalho também participará da leitura da decisão da Justiça.
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