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| Ronaldo Medeiros fala sobre projeto para representantes de entidades. Foto: Assessoria |
“A Assembleia não é isolada da sociedade queremos que dentro das atribuições sejam implantadas câmaras de segurança também fora das agências, que a lei seja modificada para ampliar os equipamentos, como portas giratórias sejam colocadas dentro do atendimento eletrônico, mais policiamento, vidros blindados, entre outros encaminhamentos”, disse o presidente do Sindbancários.
Jairo França, que também é funcionário do Santander, disse que os bandidos estão mais equipados e armados. “A novidade é que o dano maior é que os bandidos vão à casa dos gerentes, colocam cinto de bombas e ameaçam a família tornando-a refém. Se a polícia tiver equipada e bem vigilante, já dificulta”, observa.
Segundo a categoria bancária, foram 34 assaltos em 2011 e nos primeiros meses desse ano já foram 17, inclusive com os arrombamentos de caixas eletrônicos. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, José Balbino, disse que a categoria vivencia uma realidade de trauma, “um inferno”. “Iniciamos uma campanha junto à empresa, pedindo itens de segurança como portas eletrônicas, vidros blindex e portas giratórias com detecção de metal, mas a empresa não tendeu e entrou na Justiça alegando alto custo”, argumentou o sindicalista.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes, José Cícero, disse que o projeto de lei do deputado Ronaldo Medeiros que tramita na Casa objetiva a contratação de vigilantes, entre outras medidas, e já foi instituído em alguns estados. “E diante da situação que vivemos hoje, Alagoas não pode ficar de fora: todo dia é assalto a banco, Correios e casas lotéricas, nada mais justo do que o debate, para que os deputados analisem e aprovem”, disse o vigilante.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Isac Jacson, criticou a ausência dos demais deputados à sessão, inclusive do líder do seu partido. E disse que a sociedade não vê prevenção do governo e das empresas. “A gente não vê prevenção de segurança pública, é preciso que os gestores tenham responsabilidade. Só vamos combater a violência se os homens que governam tenham mais responsabilidade”, observou Isac.
Numa sessão que discutiu também a questão da saúde desses trabalhadores, o deputado Ronaldo Medeiros, propositor da sessão disse que é um dever do Estado colocar segurança nesses estabelecimentos (casas lotéricas, Correios). “Em primeiro lugar quero justificar a ausência dos demais deputados, que no momento estão cumprindo outras agências. As pessoas acham que os deputados só trabalham quando estão não Assembleia, mas existem outros projetos que estão desenvolvendo”, explicou.
Sobre o tema da sessão, Medeiros destacou que existe um projeto de lei que prevê uma série de medidas de segurança para os trabalhadores e a sociedade. Segundo ele, esses trabalhadores não podem viver a mercê dos bandidos. “Dados dos Correios apontam que estamos no quinto mês do ano e já são quase 30 assaltos às agencias”, observou o deputado, destacando que quando alguém vai colocar uma simples carta já sofre um assalto.
“Os bancos lucram todos os anos, gerentes de bancos se tornam reféns de bandidos já tem casos de profissionais que não querem mais exercer o cargo”, disse o deputado, observando que é necessário que algo seja feito por esses trabalhadores.
“É preciso que sejam oferecidos cursos para qualificar esses profissionais, que mais policiais sejam colocados nas agências, tanto bancárias quanto dos Correios. As loterias, já tomaram algumas providências, mas os Correios ainda não. Essa insegurança não pode continuar”, disse o deputado.
Participaram da Mesa dos trabalhos: Ricardo Coelho, advogado do Sindicato dos Vigilantes, Antônio de Pádua, representando a Secretaria de Saúde, Sesau, Jairo França (Sindicato dos Bancários) Isac Jacson (Central Única dos Trbalhadores), deputados Ronaldo Medeiros e Judson Cabral (PT), Gustavo Ferreira Gomes, representante das empresas de segurança privada, José Cícero, Sindicato dos Vigilantes, José Balbino dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e vários outros representantes da sociedade civil organizada. veja também:
