Jornal Midiamax-29/03/11: “Eu quero que você se ****”. Esta é a resposta que o estudante de direito Christiano Luna de Almeida, 23, supostamente teria dado ao segurança Jeferson Bruno Gomes Escobar (23) quando ele teria avisado durante uma briga: "Estou passando mal".
Jeferson morreu após ser agredido numa casa noturna de Campo Grande, na madrugada do último dia 19. Este momento da agressão, segundo testemunha, aconteceu fora do alcance da câmera de segurança do bar. A pessoa que presenciou o fato e prestou depoimento à polícia diz que Bruno estaria caído, enquanto Christiano desferiu socos e chutes no segurança.
Sem ar, Jeferson teria falado que passava mal. Christiano, que já treinou jiu-jitsu, responderá por homicídio doloso e não mais por lesão corporal dolosa, conforme estava no início do inquérito. Ele pode ser levado a júri popular.
O período das agressões que teriam causado a morte do segurança compreende os 24 segundos das gravações externas nos quais os dois também saem do foco da câmera, após Christiano ter sido retirado do estabelecimento.
De acordo com a delegada Daniella Kades, do 1° DP, que analisou também as imagens internas, Christiano passou a mão por duas vezes nas nádegas de um garçom, inclusive tendo falado frases racistas ao mesmo. Em outro inquérito, o autor também responderá por injúria qualificada por racismo.
Costelas quebradas
Após os seguranças retirarem o estudante do bar, Christiano caiu na tentativa de ser imobilizado. Nesse momento, ele teria atingido Bruno com chutes que podem ter causado fraturas em duas costelas do segurança.
Após os chutes, o agressor ainda foi contido por Bruno, seguranças e amigos. Tentando sair dos seguranças, Christiano tenta retornar ao bar. Neste momento, Bruno já aparenta falta de ar e some das filmagens pelo lado esquerdo.
Os dois retornam ao alcance da câmera onde aparecem em luta corporal, somem novamente da câmera, onde surgem com ao menos cinco pessoas tentando aparar a confusão.
Bruno sai da filmagem novamente pelo lado esquerdo, quando começa a passar mal, onde a principal testemunha, um vendedor de bombons, avisa aos demais seguranças na porta do estabelecimento que ele passa mal.
Segundo a polícia, as provas principais para a qualificação do homicídio foram os exames necroscópicos que indicaram a causa da morte com a fratura de costelas que causou o traumatismo torácico e insuficiência respiratória, o agravante das agressões, e o antepassado criminal por lesão contra o estudante Rafael Mecchi, 22, em 2009 e por se envolver em outra briga no estacionamento da UCDB (Universidade Católica dom Bosco).
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Christiano L. Almeida |
Com base no exame de corpo delito feito em Christiano após a prisão em flagrante a polícia descartou que ele teria sido agredido por seguranças dentro do bar. Segundo a delegada Daniella Kades ele apresentou apenas escoriações avermelhadas no braço direito, não condizente com os relatos de agressão.
Christiano Luna Almeida, 23 que está no PTran (Presídio de Trâsnto), foi ouvido nesta segunda (28) no 1° DP e disse estar arrependido e quer se retratar do ocorrido. veja também:
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