G1.globo.com-26/07/2016: O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira (26) em Piracicaba (SP) que pedirá à Polícia Federal (PF) um "pente-fino" nas transportadoras de valores no estado. Empresas que fazem transporte de dinheiro foram alvos de mega-assaltos em diversas cidades paulistas desde novembro de 2015.
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Geraldo Alckmin em inauguração de penitenciária em Piracicaba. Foto: Claudia Assencio/G1 |
"Acabei de falar com o secretário de Segurança Pública (Mágino Alves Barbosa Filho). Nós estamos solicitando um pente-fino em todas essas empresas. Temos uma suspeita de que estão armazenando recursos. Quem tem que guardar dinheiro é banco, não é transportadora de valores. O que está fazendo dinheiro dentro da transportadora?", disse.
Segundo Alckmin, essa ação é solicitada à PF porque é ela que autoriza o funcionamento das empresas e faz a fiscalização delas. "Nós vamos ajudar também a fiscalizar, mas tem que ser feito pela Polícia Federal. Além disso precisa ter segurança adequada. Se você transporta na rodovia valores elevados, tem que ter comboio para acompanhar", afirmou o governador.
Transportadoras
Às 14h desta terça, Marcos Emanuel Torres de Paiva, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transporte de Valores, afirmou ao G1 que a atividade das transportadoras é regulamentada por lei, além de ser autorizada e fiscalizada anualmente pela PF. Ele disse que a guarda de numerários é uma prática "indissociável" do transporte dos valores.
"Isso é normal e não é só aqui. É normal no mundo todo. Onde querem que o dinheiro fique durante a noite depois que é retirado do banco? Dentro do carro-forte? Temos estruturas adequadas para a custódia, tanto é que foram necessárias seis explosões no último assalto (em Ribeirão Preto) para se chegar ao dinheiro", disse Paiva.
Ele afirmou ainda: "Mais fiscalização é sempre bem-vinda, mas não precisamos de pente-fino nas empresas, precisamos de controle das fronteiras, dos explosivos e armamentos, para que essas armas e esses artefatos com os quais somos atacados não cheguem às mãos dos criminosos".
Mega-assaltos
Três cidades do estado de São Paulo registraram mega-assaltos a empresas de valores entre 2015 e 2016. No dia 14 de março deste ano uma quadrilha invadiu a sede da PROTEGE e R$ 50 milhões foram roubados. Sete pessoas foram presas.
No dia 4 de abril a sede da PROSEGUR em Santos (SP) foi invadida por 20 criminosos que roubaram R$ 12 milhões. Três pessoas morreram na ação. Dois policiais militares e um morador de rua. No dia 5 de julho a PROSEGUR de Ribeirão Preto foi o alvo de 20 homens armados que levaram R$ 60 milhões. Ninguém foi preso. Duas pessoas morreram, um PM e um morador de rua.
No dia 11 de novembro de 2015 um mega-assalto ocorreu na PROSEGUR em Campinas. O assalto foi executado por ao menos 20 homens armados.
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