Seguranças de boate acusados de agressão - RJ

ODia-02/06/13: O analista de sistema Marcello Martins, de 25 anos, registrou queixa de agressão na 16ª DP (Barra da Tijuca) contra dois seguranças da boate 021, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. O crime teria acontecido por volta das 2h da madrugada de domingo, depois, segundo contou, ter confundido o local de saída da casa noturna.

“O que mais machuca é a humilhação que passei na frente dos meus amigos”, disse ele, abatido. 

O analista de sistema registrou queixa na 16ª DP.
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia

O jovem afirmou ainda que foi até a boate para comemorar o aniversário de amiga e, quando ia pagar a conta, teria sido surpreendido por dois seguranças que o agarraram pelo pescoço e o agrediram numa sala afastada da pista de dança. Com medo de possíveis ameaças, Marcello deixou o local auxiliado por policiais do 31º BPM (Recreio). O analista de sistema alegou não saber o que teria motivado a agressão.

“Eu estava sóbrio, andando em direção ao caixa, quando eles apareceram. Foi tudo muito rápido. Um me agarrou pelo pescoço e o outro pelos braços. Me levaram para uma área pequena, que não havia nenhuma pessoa e nem câmeras. Eles só mandavam eu pagar logo a conta. Me deram tapas na cara e enfiaram a máquina de cartão de crédito na minha boca. Paguei a conta sem nem ver o valor que estavam me cobrando, só soube do valor no dia seguinte”.

Marcello sofreu pequena lesão no pescoço e vai realizar exame de corpo de delito hoje. O DIA ligou insistentemente para a boate 021 ontem. À tarde, homem que seria o gerente administrativo da casa e se identificou apenas como Gutierrez afirmou desconhecer o fato, ‘já que trabalha somente durante o dia e não sabia tudo que ocorria durante a noite’.

Cabeleireiro Morto
Na madrugada de 26 de maio, o cabeleireiro Luiz Antônio de Jesus, de 49 anos, foi espancado na boate Queen, em Jacarepaguá. Luiz foi encontrado caído no banheiro da casa noturna, com ferimentos no rosto e no pescoço. Ele morreu dois dias depois com traumatismo craniano. A polícia analisa se o crime teve motivação homofóbica — a vítima era gay assumida — e se teve envolvimento de funcionários da casa.

Por Cadu Bruno e Patrícia Teixeira

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