CruzeiroDoSul-01/02/13: Alguns serviços que necessitam da presença de vigilantes para garantir a segurança, poderão ficar comprometidos em Sorocaba hoje, já que mais de mil desses profissionais participarão de uma paralisação promovida pelo Sindicato dos Vigilantes de Sorocaba e região, assim como deverá ocorrer em todo o País. De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Ricardo dos Santos, essa greve, que durará apenas um dia, é um forma de advertir os empresários que utilizam os serviços dos vigilantes sobre o descumprimento da lei federal 12.740, sancionada em dezembro de 2012, que garante a esses trabalhadores uma taxa de periculosidade, que representa um adicional de 30% em seus salários. Com isso, alguns bancos divulgaram que o funcionamento de suas agências na cidade poderá ser comprometido hoje, caso não contem com um número suficiente de vigilantes exercendo as suas funções.
O presidente do Sindicato, que ainda contabiliza mais de 2 mil vigilantes na região, incluindo os de Sorocaba, explica que essa paralisação ocorrerá somente nesta sexta-feira, como uma forma de advertência. "Mas caso as empresas não cumpram o que determina a lei, o sindicato vai convocar uma assembleia na semana que vem e vai definir uma nova paralisação", relata.
"Esperamos mais de 25 anos por essa lei e agora que chegou está havendo esse tipo de coisa do patronal", acrescenta. Segundo Santos, o piso salarial da categoria é de R$ 1.085,01 e ainda tem garantidos 18% por meio de Convenção Coletiva, mas quer os 30% determinados pela lei 12.740. O funcionamento das agências da Caixa Econômica Federal e do HSBC poderão sofrer alterações, caso um número suficiente de vigilantes não compareça ao trabalho, segundo suas assessorias.
Sobre esses impactos nos serviços bancários, o presidente do Sindicato dos Vigilantes faz um pedido à população: "Peço que a sociedade tenha paciência, por conta do direito à greve que temos. É uma greve por advertência, já que a classe patronal está desrespeitando a lei federal."
Febraban
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informa que o Ministério do Trabalho e Emprego já comunicou oficialmente a formação de um grupo técnico para redigir as condições de aplicação da lei que estabelece o pagamento do adicional de periculosidade, após sua regulamentação, o que ainda não aconteceu. "Portanto, a reivindicação de aplicação imediata é descabida", informa a Febraban.
Quanto ao funcionamento dos órgãos públicos municipais, a Secretaria da Administração (Sead) informa, através de nota, que a vigilância da grande maioria dos prédios é feita pelos funcionários públicos, concursados. Por contrato, há um serviço terceirizado de vigilância patrimonial em poucos próprios e, até o momento, a empresa não se manifestou sobre qual atitude tomará caso seus funcionários iniciem uma greve hoje.
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