Vigilante não consegue UTI nem com ordem judicial - RJ

Noticias Yahoo-18/08/12: Os parentes do vigilante Johnson da Silva Pereira, de 42 anos, vão recorrer ao plantão judiciário do Tribunal de Justiça neste sábado para que a Secretaria estadual de Saúde cumpra uma decisão judicial para internar Johnson, que corre grave risco de morte, num hospital público ou particular que possua UTI com atendimento neurológico. O vigilante está internado desde quarta-feira na UPA de Sarapuí, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, aguardando transferência. Acionada pelas assistentes sociais da UPA, a central de regulação da Secretaria de Saúde alegou que não poderia fazer a transferência porque existe uma fila de 30 pacientes no estado com o mesmo pedido.

A mãe de Johnson, Elizabeth dos Santos Pereira, contou que o filho sofreu uma queda no banheiro da sua casa, no bairro Vila Santo Antônio, em Caxias, na tarde de quarta-feira. Levado para a UPA de Sarapuí, onde só há atendimento de emergência, o médico Thiago diagnosticou AVC hemorrágico, recomendando transferência urgente para uma UTI especializada em neurocirurgia. Na quinta-feira, o médico Wallace, preocupado com a gravidade do caso, tentou em vão transferir o paciente.

- Os próprios médicos me aconselharam a procurar a justiça porque meu filho está com sério risco de vida - disse Elizabeth.

Nesta sexta-feira, o juiz Leonardo Grandnasson Ferreira Chaves, da 6ª Vara Cível de Caxias, determinou, às 13 horas, que num prazo de oito horas fosse providenciada a transferência do paciente para um hospital público ou particular com condições de fazer o tratamento clínico ou cirúrgico que o paciente necessite.

- Voltamos para a UPA, apresentamos a decisão judicial mas foi tudo em vão. As assistentes sociais telefonaram para a central de regulação e lá informaram que existem 30 pessoas na mesma situação. Estou vendo meu filho morrer sem poder lhe dar socorro - lamentou a mãe do vigilante.

O irmão de Johnson, Fabrício Pereira, disse que a família não tem condições financeiras de transferir o vigilante para um hospital particular porque o tratamento é muito caro. Ele está seguindo para o plantão judiciário com objetivo de fazer cumprir a decisão judicial.

Por Paulo Roberto Araújo | Agência O Globo

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