Jornal Yahoo - 24/07/12: O Ministério Público - através da 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 2ª Central de Inquéritos de Niterói - denunciou o vigilante Claudines Cassiano da Silva por tentativa de homicídio e dois supervisores da Sociedade Hercules Vigilância e Segurança Ltda, o policial civil Fernando Leal Cândido de Oliveira e Gilson de Aquino, pelo crime de coação no curso do processo. A denúncia narra que, em janeiro deste ano, Claudines, que trabalha como vigilante no Estaleiro STX, em Niterói, retirou projéteis de seu revólver deixando apenas um e, em seguida, apontou a arma para um auxiliar de serviços e atirou, praticando o que é conhecido como "roleta russa".
Segundo o MP, o vigilante antes de efetuar o disparo disse: "vamos ver se você está com sorte". A vítima foi baleada no braço esquerdo, socorrida no posto de saúde do próprio estaleiro e depois levada ao Hospital de Clínica de Niterói (HCN).
Ainda de acordo com a Promotoria, Gilson e Fernando, que é policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), usaram de grave ameaça contra a vítima, a fim de coagi-la a dizer em depoimento na delegacia que o ferimento seria consequência de um disparo acidental. O objetivo seria beneficiar tanto o vigilante quanto a empresa de segurança para a qual os três trabalham, diminuindo as responsabilidades penal e civil.
A Promotoria informou que, de acordo com as provas documentais e orais, ficou provado que a vítima, após ser atendida no posto médico do estaleiro, foi conduzida a uma sala reservada, onde se encontravam os dois supervisores, que por aproximadamente 40 minutos "conversaram e pressionaram a vítima a alterar a versão dos fatos, alegando que não adiantaria nada falar a verdade e que se não alterasse a verdade dos fatos 'quem iria se complicar' seria ela própria".
Ao auxiliar de serviços foi oferecida ainda uma quantia em dinheiro. Segundo o MP, a conduta caracterizou "forte pressão psicológica". A vítima dirigiu-se à 76ª DP, às 20h do mesmo dia, e contou a versão forjada pelos acusados. No entanto, às 23h do mesmo dia, a vítima se arrependeu e retornou à mesma delegacia e retificou seu depoimento, o que foi confirmado por uma testemunha presencial.
O MP encaminhou cópias da denúncia para a Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) e para a Corregedoria Geral Unificada (CGU), a fim de que sejam adotadas as providências administrativas disciplinares pertinentes contra o agente da Core.
Por O Globo | Agência O Globo veja também:
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