Família de homem espancado pede Justiça - SP



Jornal A Tribuna - 08/05/12: Na madrugada do dia 22 de abril o pedreiro Gilvan Martins Pereira, 40 anos, estava em uma casa noturna de Cravinhos quando foi retirado pelos seguranças do local, que alegavam ter o mesmo jogado cerveja em uma das frequentadoras do local.

Segundo André Manoel da Silva, cunhado da vítima, eles estavam indo embora quando aconteceu todo o problema, que foi ocasionado pelos seguranças do local.

Pedreiro Gilvan Martins Pereira, 40 anos.
Foto: Divulgação
“Meu cunhado estava no banheiro, eu e meu irmão no salão o esperando para irmos embora, nesse momento chegou um segurança, juntamente com outra pessoa que não sei dizer quem é. Eles chegaram perguntando quem havia jogado cerveja neles, falei que nós não éramos, pois nem beber eu bebo, mas eles continuaram a procurar encrenca”, explica André.

Os seguranças começaram a perguntar em sequência quem teria jogado cerveja neles, André percebendo a confusão reiterou que não havia sido eles, e mesmo assim pediu desculpas.

“Chegou um segurança e veio empurrando meu irmão, eles estavam em cinco seguranças, pedi para que tivessem calma e eles começaram a espancar meu irmão. Na hora Gilvan estava saindo do banheiro e viu. Ai os seguranças nos pegaram e colocaram para fora da festa”, conta André Manoel.

Quando André estava saindo com seu irmão e seu cunhado Gilvan, lembrou-se de que estava esquecendo o capacete e voltou pedindo para que eles pegassem o capacete. Ele entrou para pegar o capacete, e quando saiu se deparou com muito sangue pelo chão.

“Imaginei que seria de alguém que estava comigo, quando olhei vi meu irmão deitado e eles o chutando. Meu cunhado vendo aquilo,entrou junto comigo para separarmos a briga, quando estava tentando tirar meu irmão dos chutes, os seguranças empurraram o Gilvan e começaram a chutar sua cabeça, o corpo, era muito chute que eles deram”, relembra, emocionado, André.

Vendo Gilvan desacordado André e seu irmão correram, e quando viram passar um conhecido pediram para levá-lo ao Pronto Socorro.

“Eles não acionaram a ambulância, quando chegamos ao hospital havia três seguranças que estavam juntamente com a Polícia Militar, então eles contaram a versão deles. Na verdade achei que íamos morrer os três, pois quando meu irmão estava no chão, em frente ao clube, um dos seguranças pediu a arma, foi muito assustador, pois não estávamos fazendo nada”, afirma Silva.

O primeiro Boletim de Ocorrência registrado foi feito por um dos seguranças, que contou que havia tido uma briga dentro do clube e que eles teriam se envolvido e colocado pessoas para fora, um desses indivíduos havia agredido o segurança e a equipe somente revidou a agressão, sendo o mesmo prontamente socorrido ao hospital.

Após três dias do ocorrido familiares da vítima procuraram a Delegacia de Polícia e lavraram um Boletim de Ocorrência por lesão corporal grave.

O pedreiro ficou internado, em coma, por 11 dias no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto, mas veio a óbito na quinta-feira (03/05).

Até o momento, nenhum dos seguranças foram ouvidos, pois a Polícia Civil ainda não tem os nomes dos seguranças que estavam trabalhando no local naquele dia.

“Será instaurado um inquérito policial de homicídio doloso, quando se tem a intenção de matar. Mandei um ofício aos organizadores do evento para passar qual era a empresa de segurança, e consequentemente saber quem eram os seguranças que estavam trabalhando no dia dos fatos”, conclui o delegado da Polícia Civil de Cravinhos, Renato Savério.

Gilvan era casado com Maria de Lourdes Manoel da Silva, 41 anos e pai de uma garota de 11 anos. O casal residia em Cravinhos há seis anos e tinham vindo de Alagoas para trabalhar em uma metalúrgica.

Reportagem: Kennedy Oliveira

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