Segundo os próprios servidores, que promoveram uma manifestação em frente à Fundação de Saúde de Cuiabá (Fusc), uma lista de nomes foi publicada na última sexta-feira (6) convidando alguns funcionários para uma reunião que aconteceria nesta segunda-feira. Ao chegar para a reunião, os servidores foram informados sobre o cancelamento de seus contratos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, um total de 175 servidores tiveram seus contratos cancelados porque estavam em situação irregular. Atualmente os contratos são feitos com duração de um ano, podendo ser prorrogados por mais um ano. Ainda segundo a assessoria, havia servidores com mais de 10 anos de contrato.
É o que acontece com Belzair de Melo Alves. Ela trabalhava há 10 anos como contratada em uma policlínica de Cuiabá. Aos 54 anos, ela acha difícil conseguir outro emprego. “Não sei o que fazer porque tinham me falado que ia até poder aposentar”, conta.
O vigia Joanil Pereira de Souza também teve seu contrato cancelado. Ele trabalhou por oito anos para a Secretaria e afirma que dos 40 vigias que fazem a segurança do Pronto Socorro de Cuiabá, cerca de 15 foram demitidos. “No plantão dos vigias, geralmente 12 fazem a segurança e oito deles foram mandados embora”, afirma.
Joanil conta ainda que o atendimento no Pronto Socorro pode ficar prejudicado. “Nossos colegas que trabalham não só na segurança, mas enfermeiras, pessoal que atende na farmácia e até os da recepção foram demitidos. O que já era ruim, vai ficar pior”, reclama o vigia. O segurança finaliza dizendo que os contratos foram renovados apenas nos dois primeiros anos e depois ficou automático.
Os servidores fizeram uma lista com os nomes dos trabalhadores, que será entregue a um advogado. A intenção é entrar com uma ação coletiva contra a Prefeitura e contra a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, a
a medida é totalmente legal do ponto de vista jurídico já que estão cumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para regularizar a situação. A assessoria também confirma a informação de que as pessoas demitidas não serão substituídas até que um concurso público seja realizado, o que deve acontecer até o final deste ano. veja também:
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