Jornal O Regional-07/05/11: Na última terça-feira, um vigilante que trabalha na Casa do Menor durante a noite, registrou um Boletim de Ocorrência informando que três crianças, de 7 , 10 e 11 anos de idade haviam fugido da instituição.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, o vigilante percebeu a ausência e entrou em contato com os familiares, os quais não souberam informar onde as crianças se encontravam.
Após três dias de investigações, o caso foi resolvido e as crianças voltaram para a Casa do Menor.
De acordo com informações do Conselho Tutelar de Catanduva, uma criança foi entregue ontem pela manhã e outras duas foram encontradas na parte da tarde.
Segundo o conselheiro tutelar Wilson Aparecido Anastácio, na noite de quinta-feira foi realizada uma diligência na residência e uma das mães foi encontrada.
“Nós propusemos para ela devolver a criança e em troca iríamos ajudá-la com a recuperação da dependência química. Fizemos a proposta e mostramos casos que tiveram sucesso. E hoje ela cumpriu e devolveu a criança e conseguimos uma internação para ela”.
Após esta situação, um guarda civil municipal encontrou os pais e as outras duas crianças na Rua 7 de Setembro e avisou o Conselho Tutelar.
“Os pais estavam se deslocando para o ponto de ônibus com o objetivo sair da cidade com as crianças”.
Após isso, todos foram encaminhados ao Plantão Policial e também foi feita a proposta da mãe se recuperar.
“As crianças estão sendo muito bem tratadas e a criança maior incitou os outros a fugirem, pois ela estava em um período de adaptação à Casa do Menor”.
Além disso, ao pesquisar a situação do pai das crianças, P.E.C., no sistema do Prodesp, foi constatado que era foragido da Justiça, sendo recolhido à Cadeia Pública. A mãe aceitou o tratamento e foi encaminhada a uma clínica de recuperação.
“Gostaríamos de deixar claro que a Casa do Menor trata as crianças muito bem e elas recebem todo o cuidado necessário”.
O caso foi acompanhado pelos conselheiros Wilson Aparecido Anastácio, Evandro Seminati e Karina Varuto. Eles ainda lembram que todo o processo teve apoio da Guarda Civil Municipal.
A coordenadora da Casa do Menor, Regina Flor, afirmou que o caso estava sendo investigado em segredo de Justiça, mas explicou como aconteceu.
“Alguns funcionários estavam cuidando das crianças menores e o vigia estava na parte da frente da instituição, quando outras crianças informaram que os três haviam fugido, pulando o muro da Casa do Menor”.
Ela também afirmou que o vigia não viu as crianças fugindo e que foi apenas informar na Delegacia o que aconteceu.
A reportagem tentou entrar em contato com a juíza da Vara da Infância e da Juventude de Catanduva, Sueli Juarez Alonso, a qual se encontrava no Tribunal de Justiça e deve retornar a Catanduva somente na segunda-feira.
Família
A reportagem de O Regional esteve na casa das crianças antes do Conselho Tutelar localizá-las. A avó das crianças, Aparecida Andrade Pereira, afirmou que os três sãso primos e dois deles irmãos. E foi informada do fato no mesmo dia. “Eles foram recolhidos, pois minhas filhas são usuárias de entorpecentes. O meu genro encontrou as crianças no bairro, mas não veio com elas para casa e ficaram escondidos em outros lugares. Depois disso, minhas duas filhas também foram embora com as crianças”.
Ela também afirmou que na manhã de ontem, uma das mães entregou a criança ao Conselho Tutelar e se dispôs ficar internada em uma clínica de recuperação. “Ela viu que ficar escondendo a criança não ia dar certo”.
Até o momento da reportagem as outras crianças não haviam sido encontradas e a avó também afirmou que o genro ia somente buscar comida na casa.
“Ontem tentei seguir meu genro para descobrir onde eles estavam, mas o perdi de vista. Hoje de manhã acompanhei com a Guarda Municipal e o Conselho Tutelar para tentarmos localizá-los, mas não conseguimos. O pai deles falava que não queria entregá-los. Essa situação é pior para os pais e eles deveriam entregar as crianças”. veja também:
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