Polícia Civil diz que universitário foi morto por cinco seguranças durante festa rave - SP



Jornal R7-30/03/11: A Polícia Civil de Santana de Parnaíba concluiu na tarde desta quarta-feira (30) o inquérito policial sobre o desaparecimento e morte do jovem Erick Jhonathan Esiquiel, de 20 anos, durante uma rave. Cinco seguranças da festa foram indiciados por homicídio triplamente qualificado.

O jovem foi assassinado após ser agredido dentro de uma tenda por quatro seguranças e o chefe deles, que trabalhavam na festa no dia 26 de abril de 2008, próxima de uma fazenda na cidade de Pirapora do Bom Jesus, distante 54 km da capital.

No inquérito policial, delegado Zacarias Tadros, chefe do Setor de Homicídios de Carapicuíba, relata que o jovem foi agredido brutalmente na área da cabeça e sofreu fratura exposta na perna esquerda. Pelo laudo, a causa da morte foi causada pelo ferimento na perna, que fez o jovem perder muito sangue.

No dia seguinte ao desaparecimento do jovem, em 27 de abril de 2008, o pai da vítima registrou um boletim de ocorrência. Três dias depois, o corpo de Erick foi encontrado em uma área de difícil acesso, próximo de uma pedreira desativada, com características de um precipício.

Tadros afirmou que a agressão aconteceu depois que o jovem flagrou os seguranças vendendo drogas na festa.

- Esse rapaz, pelo perfil que foi estudado - estudante de Direito, família evangélica - após ter visto um dos seguranças comercializado drogas ilícitas, foi tirar satisfação. Isso originou a agressão e a morte dele.

A polícia apurou também que um dos seguranças era ex-policial militar e já tinha passagem por tráfico. As investigações apontaram ainda que aproximadamente 20 funcionários da empresa de segurança que estavam trabalhando no dia do crime tinham passagens pela polícia por crimes de estupro, roubo e homicídio.

A Polícia Civil informou ainda que, durante quase três anos, a empresa onde os seguranças trabalhavam dificultou o trabalho das investigações e o inquérito só foi concluído após aproximadamente 300 pessoas terem sido ouvidas.

Os cinco acusados foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. O inquérito policial já foi entregue à Justiça.

Tradros ressaltou que durante toda a investigação os acusados negaram envolvimento com a morte de Erik, mas mesmo assim testemunhas informaram à polícia que viram os cinco homens espancando o estudante. A Polícia Civil tem os endereços onde os suspeitos moram, porém até o momento nenhum deles foi encontrado.

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