O sistema simula ações táticas e psicológicas em vários ambientes. A intenção é testar o nível de estresse dos profissionais diante de uma situação tensa.
Na simulação, o policial enfrenta dois bandidos e é estimulado a fazer a abordagem sem disparos. Em outra situação, o bandido segura um refém e é preciso cuidado para não errar o alvo.
O software fica dentro do computador. O simulador e a câmera ajudam a criar o ambiente. A arma usada no treinamento é a do próprio policial, mas sem munição. No lugar, é colocado um bastão a laser.
Os pesquisadores passaram oito meses estudando as necessidades de policiais e agentes de segurança. Eles fizeram visitas a instituições públicas e empresas do setor. Depois de entender essas necessidades, o desafio foi desenvolver um jogo para treinar a parte psicológica, em que o tiro seja sempre a última opção. “Não é ensinar o profissional a dar tiros e sim fazer com que ele questione o momento de disparar a arma”, disse o pesquisador Antonio Valério Netto.
O jogo também ajuda a reduzir custos com o treinamento, já que não há gastos com munição e transporte até uma área de segurança. O sistema ainda emite um relatório para acompanhar a evolução de cada um.
O agente se segurança Aderbal de Oliveira testou o jogo e acredita que a novidade pode ser uma aliada na formação dos profissionais. “Se acontece um deslize a gente tem o privilégio de retornar. Na realidade, não existe essa possibilidade. É uma verdadeira aula prática”, explicou.
O produto está em fase final de desenvolvimento. O jogo piloto deve ter concluído até o fim de março. veja também:
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