Jornal Diário do Pará-18/10: O servente de pedreiro Marcelino Corrêa dos Santos, 28 anos, foi assassinado com um tiro de espingarda, dentro de um terreno anexo à Transportadora Transeixas, pelo vigilante Antonio Marcos Farias do Nascimento, 32, funcionário da empresa, localizada na rua Pedreirinha, bairro da Guanabara, em Ananindeua. O crime, ocorrido no início da madrugada de domingo (17), chocou familiares e vizinhos da vítima, que morava a poucos metros do local de sua morte.
Familiares de Marcelino Santos afirmam que um gerente da Transeixas, a quem eles chamam de “Assis”, adquiriu, há cerca de oito meses, um terreno na alameda Evelin, atrás da sede da transportadora, área que pertencia à mãe de Marcelino. O gerente, no entanto, só teria saldado metade dos R$ 18 mil combinados, fato que gerava revolta em Marcelino e no irmão dele, Valderi.
Ainda de acordo com a família da vítima, Marcelino e seu irmão Valderi beberam durante a noite de sábado. Utilizando uma marreta, Valderi fez um buraco no muro que cerca o terreno da discórdia e saiu do local. Em seguida, Marcelino colocou a cabeça no buraco e foi atingido no pescoço pelo tiro de espingarda calibre 12, disparado pelo vigilante Antonio.
“O terreno era da minha avó. Ela faleceu e deixou pra minha mãe. O gerente da Transeixas comprou da minha mãe, mas só pagou a metade. Ontem, meu irmão (Marcelino) tava ‘bebido’. Meu outro irmão (Valderi) fez um buraco e ele foi só olhar, foi quando esse vigia atirou, no pescoço dele”, dizia indignada a irmã da vítima, a dona de casa Rosilene Luciana Santos, 37.
Um tumulto se formou após o baleamento do servente de pedreiro e uma guarnição da Polícia Militar foi acionada para fazer a segurança do local. O vigilante foi preso e conduzido à Seccional da Marambaia, onde foi autuado em flagrante por homicídio pelo delegado Clayton Chaves.
Antonio Nascimento disse que matou por “legítima defesa”. “Primeiro eu atirei pra cima, depois eu atirei no meio deles. Era muita gente que ia entrar, eles queriam roubar o armamento. Se eu não matasse, ia morrer”, dizia o vigilante, que acreditava ter atirado no indivíduo que fez o buraco.
A reportagem do DIÁRIO foi até a sede da Transportadora Transeixas, no intuito de falar com algum representante da empresa. Um funcionário viu o carro da reportagem, mas não deu qualquer resposta ao chamado dos jornalistas. veja também:
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