Jornal Estadão-15/10: Levantamento ao qual o JT teve acesso mostra a quantia levada em 78 roubos a agências da capital, parte significativa do total de casos deste ano. Em um terço dos crimes analisados, foram levados R$ 100 mil ou mais.
A gerente Rafaela Ferreira Leite, do Santander da Avenida Paulista, jamais desconfiaria dos dois homens que se aproximaram de sua mesa como clientes às 12h de 20 de setembro deste ano. Ambos eram educados, falavam bem e usavam roupas sociais. Um deles trajava terno. Eram assaltantes e levaram R$ 169,7 mil da agência.
Foi assim, disfarçados, que criminosos roubaram R$ 10.435.921 em 78 assaltos na capital aos quais o JT teve acesso aos valores levados. Os crimes ocorreram entre janeiro e setembro deste ano, e não representam o total de ataques às agências. Números da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam que houve 86 casos somente no primeiro semestre deste ano, mas a quantia levada não é informada pela Pasta. As informações foram passadas à reportagem por um setor da Polícia Civil. O JT também teve acesso aos dados de 54 assaltos a banco ocorridos em 2009. Foram levados nesses ataques R$ 7,1 milhões.
Rafaela teve uma arma apontada para a cabeça. A gerente foi feita refém junto com dois vigilantes, outros funcionários e pelo menos 12 clientes. Aos ladrões bem vestidos se juntaram a outros dois. O bando usava pistolas de brinquedo e fugiu num trem do Metrô na Estação Consolação.
Dos 78 casos pesquisados pelo JT, em um terço (26 casos), os ladrões roubaram mais de R$ 100 mil. Os policiais não souberam dizer quantos assaltantes foram presos, mas informaram que 5% do valor foram recuperados.
Um policial disse que, nos assaltos superiores a R$ 100 mil, as quadrilhas tinham informações privilegiadas sobre o volume de dinheiro nos bancos. De acordo com o mesmo policial, essas informações foram passadas ou por vigilantes ou outros funcionários. Ele disse ainda que, na maioria dos casos, os ladrões vestiam roupas sociais (se passando por clientes) ou uniformes da Polícia Civil.
O maior assalto do ano ocorreu em 31 de março, na transportadora de valores Protege, na Água Branca, zona oeste. Segundo a Polícia Civil, os criminosos levaram R$ 3,9 milhões e o caso foi registrado como roubo a banco. Em janeiro de 2009 também houve um caso de roubo a carro forte registrado como assalto a banco. O bando levou R$ 1,2 milhão.
Outros grandes roubos de 2010 ocorreram em fevereiro (R$ 430 mil do Unibanco da Rua Clemente Álvares, na Lapa, zona oeste) e em março (R$ 377 mil do Bradesco de Sapopemba, zona leste). veja também:
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