População condena greve de vigilantes por impedir o acesso ao setor bancário - BA


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TribunaDaBahia-02/03/13: A aposentada Zilda da Silva Rocha, de 68 anos, percorreu várias agências bancárias no bairro da Pituba, em busca da possibilidade de retirar dinheiro e fazer pagamento de contas. “Não consegui. É um absurdo isso acontecer e a gente ficar prejudicada. Todos têm que lutar pelos seus direitos, mas desde que o cidadão não fique no prejuízo. Vira e mexe nos deparamos com greve. Até quando isso vai?”, perguntava Zilda.

A greve dos vigilantes entrou no quinto dia e deixa a população de mãos atadas. “É final de mês e preciso sacar dinheiro para fazer o pagamento dos meus funcionários. Não consegui nem falar com o meu gerente. Os funcionários precisam receber o dinheiro. Eles têm gastos e precisam ser quitados. Realmente, não sei aonde chegamos com tantas greves e os governantes perderam a noção do impacto que isso causa e parecem cruzar os braços. Essa é a minha insatisfação”, desabafou a empresária Suzana Alves, que tem um salão de beleza no bairro da Pituba.

Pela cidade, os bancos ostentam os adesivos nas portas indicando greve. Mesmo sabendo disso, as pessoas ainda tentavam, nessa sexta-feira (1/3), entrar nas agências para ver se tinham normalizado a situação, mas os bancos continuaram sem atender os clientes. Por ser começo de mês, época de pagamento de aposentados, servidores públicos e vencimento de contas, a situação piora para a população.

De acordo com a categoria, os vigilantes vão permanecer paralisados até a quinta-feira, dia 7, quando será realizada outra audiência de negociação. Os vigilantes da Bahia decidiram manter a greve depois que se reuniram com representantes do Sindivigilantes no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA).

De acordo com o presidente do Sindivigilantes, José Boaventura, a categoria pede o pagamento da periculosidade com a compensação dos 18% do risco de vida, o que representaria o complemento de mais 12% no salário dos profissionais.

Além dos bancos, a paralisação, que reúne cerca de 35 mil vigilantes em todo o estado, cancelou a abertura de diversos estabelecimentos na Bahia e até a realização de eventos. A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), várias escolas e até o Teatro Castro Alves e alguns dos postos da Previdência Social, tiveram que encerrar as atividades.

Os postos da Previdência Social em Salvador, unidades localizadas nos bairros do Bonfim, Mercês, Periperi e um dos centros que funcionam em Brotas suspenderam atendimento. Os estabelecimentos instalados no Comércio, Centro Histórico, Itapuã e a outra unidade de Brotas estão funcionando parcialmente, com prioridade para os serviços agendados.

Por Silvana Blesa

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