O crime ocorreu em 21 de outubro de 2005, em um estacionamento para onde onde Rafael Pereira Marques e um amigo, Rodrigo de Lima, correram para tentar escapar de um grupo de oito pessoas, dentre elas os três seguranças agora condenados.
À Justiça Marques disse que a discussão ocorreu após ele questionar um dos condenados sobre o preço para entrar em uma boate. O grupo correu atrás dele e o atacou com o taco de beisebol.
O 1º Tribunal do Júri condenou os seguranças Rodrigo Gaspar Teixeira, 32, Gilson dos Santos, 57, e Ademar de Souza, 38. Os três também trabalhavam como "laçadores" para diversas casas noturnas da rua Augusta. Laçadores são aqueles que ficam na calçada da rua boêmia convidando clientes a entrar nas boates.
A juíza Érica A. Ribeiro Lopes e Navarro Rodrigues fixou a pena de Teixeira em dez anos de prisão; Santos e Souza foram condenados a oito anos e oito meses de prisão, todos em regime fechado. Os três réus vão recorrer da condenação em liberdade.
"O crime foi praticado com extrema violência pelo réu Rodrigo Gaspar Teixeira, que atingiu a vítima na cabeça com diversos golpes desferidos com um taco de beisebol. A violência dos golpes foi tamanha que a vítima teve sua mão quebrada ao usá-la para se proteger. O réu Rodrigo Gaspar Teixeira foi quem induziu os demais agentes à prática da agressão", escreveu a magistrada em sua sentença.
"O crime foi praticado por motivo fútil, mera discussão sobre o valor de ingresso em casa noturna. A vítima foi atingida no rosto, dilacerado pelo ataque dos réus. Em razão dos golpes, a vítima ficou cega, sofre muitas dores, perdeu a sensibilidade do lado direito", continuou a juíza.
A reportagem não conseguiu localizar os três seguranças nem seus advogados de defesa.
André Caramante de São Paulo veja também:
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